quarta-feira, 3 de março de 2010

World Wild Web

Não se iludam, apesar das análises e reflexões que farei nos próximos parágrafos nada tenho de high tech, para fanáticos ‘twiteiros’ e assíduos internautas que navegam entre bits, sempre atentos aos updates, sou arcaica, ando na mesma velocidade da roda de pedra que meus entusiásticos companheiros de caverna aclamaram como o progresso.

Entretanto eu que pretensamente me chamo jornalista não poderia ficar de fora da evolução, às portas, quem sabe, do advento da web 3.0, fui incumbida da difícil missão de entender e reproduzir o conceito de web 1.0 e 2.0.

Conceituando de maneira superficial, a web 1.0 seria uma plataforma de desenvolvimento de conteúdo virtual estável e passiva, enquanto a web 2.0 seria dinâmica e interativa. No entanto para compreender corretamente estes dois conceitos é preciso visualizar suas características, através da análise de suas aplicações.




Plataforma 2.0 e 1.0, respectivamente

O grande diferencial está no sistema de exposição e produção de informação. A web 1.0 baseia-se em um método mecanicista e linear de emissão de conteúdo, o emissor, geralmente um Webmaster, é superior ao receptor no processo. Este receptor, o usuário que acessa a plataforma, reagiria de maneira limitada.

Já o modelo 2.0 se aproxima da comunicação interpessoal, onde cada indivíduo é agente, promovendo uma interação evolutiva, pois se influenciam mutuamente.

O próprio termo, 1.0 e 2.0, divide especialistas, muitos consideram infundada essa segmentação, pois a web 2.0 seria um aprimoramento da interface 1.0, e sua presença não invalida a plataforma anterior. Para aqueles que pensavam que o modelo 1.0 seria plenamente substituído restou a surpresa, pois ele continua presente, e mais, ainda é produzido conteúdo segundo seus moldes. Para uma escola de idiomas, por exemplo, que deseja disponibilizar para internautas seus cursos, preços e informações adicionais como endereço, a plataforma 1.0 é suficiente para atingir este intento. No entanto, muitos preferem enriquecer o teor do seu site disponibilizando vídeos de estudantes que realizaram os cursos, assim como fotos de turmas e professores.

Os produtores de conteúdo virtual passaram a desenvolver uma interface que lembra a “organização” do cérebro humano, aprimorando o hipertexto (a web 1.0 já trabalhava com o conceito de hiperlink). A interface passou a trabalhar com associações, um exemplo é o uso de tags, que são palavras-chave que se relacionam diretamente com a informação requisitada. Isto em parte prova o grande sucesso da web 2.0, que promoveu a instantaneidade e o fluxo continuo e democrático de informação. Mas este mesmo fluxo democrático provocou o excesso de “informação inútil” na rede, em contrapartida à informação elitizada, contudo mais precisa que é viabilizada pela web 1.0.

Obviamente a “inteligência coletiva” que move a web 2.0 não inviabilizou a função do Webmaster, entretanto ocorreram significativas alterações no sistema.



O aprimoramento que culminou na web 2.0 ainda se mostra insuficiente no estabelecimento de uma comunicação que reproduza o caráter interpessoal, isso ocorre devido à ineficiência do computador de decodificar signos. A máquina ao contrário do homem funciona através de uma série de possibilidades e combinações abstratas. Muitos entusiastas da evolução da plataforma web já prevêem o surgimento da web 3.0, também chamada web semântica, onde o mesmo processo cognitivo humano que gera inúmeras interpretações seria realizado pelas máquinas. Uma evolução que nos colocaria diante da Inteligência artificial.

Um comentário:

  1. Oi, Sara,
    Bacana demais o seu post. Ele não traz novidades, mas a maneira como você o construiu, além das referências citadas, faz toda a diferença.
    Parabéns!!!
    Um abraço,

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